Desvendando o Ciclo da Dependência: Como o Vício Altera o Funcionamento do Cérebro
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Desvendando o Ciclo da Dependência: Como o Vício Altera o Funcionamento do Cérebro

  • Greenwood Instituto
  • 14 de jul.
  • 3 min de leitura
1 em cada 5 pessoas recebem tratamento para dependência química. Dentre todos, os mais vulneráveis, sem dúvidas, são os jovens.

A dependência química é um tema complexo e, por vezes, estigmatizado. Contudo, a ciência tem revelado que o vício não é meramente uma falha de caráter, mas uma condição que se manifesta por alterações significativas no funcionamento do cérebro. Compreender a neurociência da dependência é o primeiro e fundamental passo para desmistificar o problema e pavimentar o caminho para a recuperação. No videocast Conexões da Mente, da Clínica Greenwood, o Dr. Pablo Roig explora com profundidade como o cérebro se torna refém do vício.


O Cérebro e a Armadilha do Vício:

O vício é, em sua essência, uma desregulação do sistema de recompensa cerebral. Este sistema, vital para a sobrevivência humana, é responsável por nos impulsionar a buscar atividades prazerosas e essenciais, como alimentação e interações sociais. Quando uma substância psicoativa é introduzida, ela age diretamente nessa área, provocando uma sensação de prazer intensa e imediata que o cérebro naturalmente associa a algo benéfico.


Dopamina: O Neurotransmissor da Recompensa (e do Vício):

O papel central nesse processo é desempenhado pela dopamina. Conhecida como o "neurotransmissor do prazer", a dopamina é liberada em quantidades significativas quando vivenciamos algo gratificante. As drogas, no entanto, possuem a capacidade de liberar dopamina em níveis muito superiores aos produzidos por estímulos naturais. O Dr. Pablo Roig explica que essa superestimulação inunda o cérebro, gerando uma memória de recompensa extremamente poderosa. O cérebro, então, começa a "aprender" que a substância é a via mais eficaz para atingir o prazer, priorizando-a acima de tudo.


Do Prazer à Compulsão: O Ciclo Vicioso:

Com o uso repetido, o cérebro tenta se adaptar a essa enxurrada de dopamina, diminuindo a produção natural do neurotransmissor ou reduzindo a sensibilidade aos seus próprios receptores. Esse fenômeno é o que chamamos de tolerância. Para alcançar o mesmo nível de prazer ou apenas para sentir-se "normal", o indivíduo precisa de doses cada vez maiores da substância. A ausência da droga, por sua vez, provoca uma série de sintomas de abstinência, gerando desconforto físico e psicológico, que só parece ser aliviado com mais consumo. É assim que o vício se instala: um ciclo compulsivo onde a busca pela substância se torna incontrolável, mesmo diante das consequências negativas.


Impacto Além da Química Cerebral:

As alterações cerebrais não se limitam à liberação de dopamina. Áreas responsáveis pelo julgamento, tomada de decisões, aprendizado e memória também são profundamente afetadas. Isso explica por que dependentes químicos muitas vezes agem de forma impulsiva, negligenciam responsabilidades e têm dificuldade em cessar o uso, mesmo quando desejam. A dependência química transcende o aspecto individual, manifestando-se como um complexo problema social com amplas ramificações.


O Caminho para a Recuperação: Informação e Tratamento:

Compreender como o vício funciona no cérebro é crucial para desconstruir estigmas e abordar a dependência química como uma condição de saúde que necessita de tratamento especializado. A Clínica Greenwood, com a expertise dos Drs. Pablo Roig e Juan Pablo Roig, oferece abordagens terapêuticas baseadas em informações médicas, científicas e reais, combatendo fake news e oferecendo caminhos eficazes para a recuperação.



Para aprofundar-se nesse e em outros temas vitais sobre saúde mental e dependência química, assista ao episódio completo do videocast Conexões da Mente em nosso canal do YouTube.

Acesse o canal Conexões da Mente aqui: youtube.com/clinicagreenwood


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