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Dr. Pablo Roig: Mensagem para as festas de fim de ano

A Clínica Greenwood trabalha incansavelmente para ajudar os nossos pacientes a desenvolver
um projeto de vida, com uma equipe dedicada, afetiva e extremamente profissional”, escreve neste  artigo o Presidente do Conselho Editorial do Instituto Greenwood, psiquiatra Pablo Roig. Fundador e Diretor da  Clínica Greenwood , o doutor Pablo  defende:  ‘Acreditamos firmemente que a vida pode ser melhor e nos apoiamos nos elementos afetivos como o motor para essa  mudança.”

 

O ARTIGO

Estas festas de fim de ano, apresentam-se de maneira particular,
já que nos encontramos em situação bélica contra um inimigo
invisível, mas que se espalha entre nós, cobrando vidas e
modificando nosso estilo de viver. É tempo de nos protegermos
e protegermos os outros com medidas restritivas, mas
necessárias, que nos afastam fisicamente, mas não nos separam
afetivamente. Lembremos que festejamos o aniversário de 2021
anos da chegada daquele que veio para mudar o sentido das
interações entre os homens, baseando seus valores no amor ao
próximo indiscriminadamente. Não deveria ser um feriado para
incrementar o comércio e sim um momento de reflexão para
reconsiderarmos a nossa relação com a vida, a família e a
sociedade como um todo. A Clínica Greenwood trabalha
incansavelmente para ajudar os nossos pacientes a desenvolver
um projeto de vida, com uma equipe dedicada, afetiva e
extremamente profissional. Dentro desse contexto, lutamos a
nossa guerra contra as drogas e o projeto autodestrutivo ,que
acompanha os pacientes ao chegarem ao tratamento. Sabemos
das dificuldades deste objetivo e pretendemos promover uma
aliança, com a parceria de todos os que procuram nossa ajuda.
Acreditamos firmemente que a vida pode ser melhor e nos
apoiamos nos elementos afetivos como o motor para essa
mudança.
Finalmente, queremos desejar a todos um belíssimo Natal e uma
entrada para o próximo ano com a esperança de que possamos
voltar a aproveitar as coisas boas de nossas vidas.

Live sobre dependência de drogas: especialistas explicam o que famílias precisam saber

Dependência de drogas: tudo o que as famílias precisam saber nas palavtas de dois renomados especialistas:

Helena Maria Santos Parolari,psicóloga da Clínica Greewnood e Diretora do Instituto Greenwood;

Fabio Magalhaes da Silva, Coordenador Regional da Federação de Amor-Exigente, em Serra Negra (SP).

Live do Instituto Greenwood, que já tem público de 3.400 pessoas, coordenada pela jornalista Izilda Alves,quarta-feira,. ASSISTA E, SE PUDER, COMPARTILHE PORQUE INFORMAÇÃO É ARMA PODEROSA CONTRA AS DROGAS.

 

LIVE: Drogas: Consequências para as Famílias

LIVE: Drogas: Consequências para as FamíliasSabemos que a base da cultura e desenvolvimento de qualquer pessoa é a família, e que todos aprendem pelo espelhamento, ou seja, pela repetição dos atos dos outros. Posto isso por que existem pessoas que cometem delitos ou vão para as drogas se os familiares não fazem isso? Qual a participação da família na construção da Identidade dos seus filhos? Por que mesmo as famílias fazendo “tudo certo” pelos seus filhos, eles escolhem caminhos opostos e até mesmo o caminho da criminalidade ou das drogas?Nós que trabalhamos diretamente com Dependência Química ouvimos todos esses questionamentos das famílias e nessa LIVE pretendemos respondê-las e ter uma roda de conversa com todos que estiverem assistindo.Para isso o Instituto Greenwood Centro de Ensino e Pesquisa convidou:*Fabio Magalhaes da Silva*Coordenador Regional da Federação de Amor-Exigente em Serra Negra (SP)*Helena Mª Parolari* – CRP: 06/24199Psicóloga Clínica e Familiar, Neuropsicóloga eDiretora Executiva do Instituto Greenwood Centro de Ensino e Pesquisa*Izilda Alves*Jornalista Consultora da Federação de Amor-ExigenteEditora do sites Instituto Greenwood e Diário AntidrogasAutora do livro “Guerra pela vida- A campanha da Jovem Pan contra as drogas”Quando: 15/07/2020Horário: 20hLocal da Live pelo Link Abaixo:https://www.facebook.com/greenwoodinstitutoMaiores Informações:Whatsapp: http://bit.ly/2Gt6GlTSite: http://bit.ly/2vmoWuRYoutube: http://bit.ly/37AAFUQInstagram: http://bit.ly/2uH4UebFacebook: http://bit.ly/2GoQQJ9Linkedin: http://bit.ly/36BG4Kl

Posted by Instituto Greenwood on Wednesday, July 15, 2020

“Medicina, Psicologia e Enfermagem não ensinam como tratar doença já epidemia no Brasil: dependência de droga. Adictologia”, explica o dr. Pablo Roig

ARTIGO  DO PSIQUIATRA PABLO MIGUEL ROIG, CRM 24968***

Em uma publicação anterior, frisava como a dependência química está carregada de preconceito por nossa sociedade, que mantém uma posição indiferente para com essa doença que atinge um grande número de indivíduos, que afeta a comunidade com o aumento da violência, do ausentismo laboral, do abandono de projetos de formação, o agravamento da morbidade, tendo um custo econômico-social astronômico e dano pessoal para o doente e sua família. Paradoxalmente, esta situação patológica não é observada ao se formarem profissionais da saúde, já que se analisarmos os programas das faculdades de medicina, psicologia, assistência social e enfermagem e não há informação suficiente para que os responsáveis para abordar estas situações mórbidas tenham a expertise para desempenhar sua função. Para problemas complexos, soluções complexas…

 Os pacientes de uma certa gravidade devem ser tratados por equipes que preencham os requisitos para atuar eficientemente contra esta doença multideterminada e com alcance amplo. Os adictos são vítimas de um morbo bio-psico-neuro-genético-socio-tóxico, devendo ter tratamentos que sejam orientados para o enfrentamento de uma entidade ampla, que atinge os aspectos vitais de suas vítimas. Se analisamos o problema com esta seriedade, não podemos negligenciar nenhum dos aspectos essenciais terapêuticos. Não basta para esta tarefa que os responsáveis pelo enfrentamento usem os conhecimentos dos cursos universitários, o treinamento como conselheiros, os grupos de mútua ajuda, se não se entende que a adicção supera os esforços individuais ou a falta de experiência especificamente nesta área. Vemos frequentemente o fracasso dos intentos terapêuticos, mesmo os mais bem intencionados, que geralmente não são suficientemente abrangentes e que dão a esta “especialidade” a má fama de que não há possibilidade de reabilitar os dependentes em forma duradoura. Na nossa instituição, recebemos casos com inúmeras internações anteriores, e que não se sustentam pelo fato de não possuírem os meios terapêuticos que dão continência, vínculo e um projeto de ressocialização posterior ao trabalho intensivo, multidisciplinar, de equipe de abordagem múltipla, realizado frequentemente por meio de internação. As condições para um tratamento eficiente, foram bem descritas inicialmente pelo NIDA e revista no ano 2.000 que inicialmente listou as características da abordagem terapêutica, constando em treze itens essenciais. Recomendo sua leitura: (colocar os itens do NIDA)

Neste momento, em que estamos sendo atingidos por um vírus novo que mobilizou a comunidade mundial, vemos inúmeras publicações científicas  referentes ao tema, programas de treinamento aos profissionais da saúde para uma atuação específica em relação ao COVID-19, a construção de centros de atendimento em tempo recorde, investimentos bilionários para a busca de uma solução ao problema, uma indução à mudança de hábitos e condutas, o uso da legislação para o controle por parte do estado, a medição da quantidade de afetados pelo vírus e as mudanças na atitude em relação à saúde pública, em resumo uma mobilização mundial, com conotações político-econômico-sociais. Que acontece em relação as dependências químicas? Será que o problema é tão insignificante que pode ser negligenciado, ao ponto de não ter sido observado ao formar profissionais da saúde para lidar com esta pandemia que atinge a todos nós, em todos os aspectos? Assim com o Corona, temos muito a apreender com esta doença, mas a pior forma de enfrentá-lo é pensar que é um problema menor. A sociedade deve abrir os olhos para esta entidade nosológica e começar o seu enfrentamento formando “soldados” eficazes, com conhecimento de causa que possam entender o seu inimigo para atingi-lo em forma eficiente e responsável para o bem da sociedade.  

É imprescindível que revejamos a ótica em relação as adicções, e entendamos que esta guerra, como está sendo encarada atualmente, está sendo perdida por nós. Isto me lembra a guerra em que participei, da Argentina contra a Inglaterra, nas Ilhas Malvinas, em que a minimização do problema bélico por parte dos sul americanos, o menosprezo em relação aos adversários, o desinteresse por ter aliados fortes, as barbaridades diplomática orientadas pela negação e a arrogância, nos levaram a uma derrota humilhante. Se vale de alguma coisa observar a história para aprender com ela, não menosprezemos o nosso inimigo e façamos uma análise logística e estratégica para não continuarmos a ser derrotados pelas drogas. Vale a pena rever os currículos de formação de profissionais da saúde e considerar que talvez a adictologia seja uma nova especialidade a ser respeitada.

***Psiquiatra  Pablo Miguel Roig, Diretor  da  Clínica  Greenwood,especializada no tratamento de dependentes de drogas e  recomendada por psiquiatras no Brasil, na  Argentina, nos Estados Unidos e na Espanha.

 

Dr. Pablo Roig: “Preconceito ainda marca a dependência de drogas,uma doença do cérebro”

Artigo do psiquiatra Pablo Miguel Roig, CRM 24968*

 

A dependência química é uma patologia que podemos considerar recente, não em relação a sua existência, e sim, devido a que só nos últimos tempos foi encarada como uma doença em seu tratamento e sua compreensão.

Na década de 50 do século passado, o Dr. Elvin Morton Jelinek, referência no estudo do alcoolismo, escreveu um livro cujo título é “The Disease Concept of Alcoholism”, dando uma clara noção que este conceito não estava internalizado, nem sequer pela sociedade científica. O conceito de doença…

 

A ciência conseguiu modificar alguns preconceitos ligados a doenças que mais que entidades nosológicas, eram vistas como maldições divinas, problemas de caráter, influência de maus espíritos etc. Temos como exemplos a lepra, que atualmente denomina-se Hanseníase em função da carga preconceituosa que os leprosos suportavam, a epilepsia, que estigmatizou os portadores da doença, dando um significado místico às convulsões, a depressão, que até consolidar o conceito biológico deste mal, tinha-se o conceito de ser um transtorno de caráter. São patologias que, na atualidade, não são colocadas como sendo de responsabilidade do doente ou de influências místicas. Nas adicções, a situação continua  carregada de preconceito, talvez pelo fato de que sua sintomatologia tem muito de condutual. O uso das drogas, tanto lícita como ilícitas, vem acompanhada de ruptura de regras e normas de interação social.

          Psiquiatra Nora  Volkow, Diretora do National Institute on Drug Abuse 

Estudos recentes mostram que a dependência química é uma doença do cérebro como é frequentemente afirmado, com apoio em trabalhos científicos incontestáveis, pela Dra. Nora Volcow. As drogas, quando usadas precocemente impedem o amadurecimento cerebral e seu uso continuado altera a relação de diferentes áreas do sistema nervoso central, modificando o equilíbrio entre o desejo, sua avaliação e a realização do ato. Mudam os critérios valorativos, as prioridades e transformam o adicto em um ser imediatista e impulsivo. É claro que esta é a descrição de um indivíduo com sua existência reprovável, mas não esqueçamos que ficar doente não é uma escolha do paciente e que tem uma série de fatores que influenciam a gênese desta patologia como os genéticos e os epigenéticos.

Não é infrequente que os serviços da saúde rejeitem pessoas que vem solicitar atendimento, ao se tratar de adictos.Pessoas não preparadas, incluindo profissionais da saúde, recusam-se a atendê-los, já que não é uma patologia que inspira simpatia nem acolhimento. Esta reação prejudica o processo terapêutico que somada à resistência social, ao despreparo do sistema de saúde e à tendência do paciente de negar a realidade que o acomete, por ser insuportável para ele aceitar ser portador de uma patologia tão humilhante, provoca a ineficiência dos esquemas terapêuticos para a doença. Como resultado, uma pequena porcentagem dos atingidos vem pedir ajuda de própria e espontânea vontade.

Um trabalho que apresentei no Congresso Argentino de Psiquiatria no ano 1978, quando ainda era residente do serviço de Psiquiatria do Hospital Italiano de Buenos Aires, visava a identificar os pacientes com uso excessivo de álcool que estavam internados em um simples dia na instituição. Usamos na época o questionário do Dr. A. Grimson e com a ajuda de todos os residentes pudemos interrogar a 500 pacientes em 24 horas. Nossa surpresa foi encontrar que 20% dos internados aplicavam como bebedores problema e alcoólicos. Nesta época, eu coordenava a equipe de alcoolismo do Hospital e éramos procurados por pacientes diretamente ou recebíamos indicações de outros especialistas. Por se tratar de uma instituição de alta complexidade com diferentes especialidades contávamos com as derivações de colegas de outras áreas da medicina. Mesmo com o potencial de pacientes que o Hospital tinha, atuávamos no máximo em nosso serviço, com o irrisório número de 6 a 8 pacientes. 20% de 500 é 100 em um dia só de pessoas que poderiam beneficiar-se de programas de prevenção e tratamento que não eram encaminhados a um setor específico!!! Vemos aqui a resistência de possíveis pacientes, dos profissionais da saúde e das próprias famílias que sentem a vergonha como motivação para sua atitude. Uma avaliação simples nos levou a perceber que os pacientes que procuram nossa ajuda, geralmente tem sua consulta induzida, quando não tem mais como negar e que geralmente passaram vários anos (de 5 a 8) consultando-se com qualquer especialista, menos o específico, formado e preparado tratar adicções.

É necessário rever nossa ótica em relação à dependência química. É uma doença como as outras, que tem agente etiológico, diagnóstico, prognóstico e tratamentos eficientes, que dependem de profissionais formados especificamente e que tem por função fazer parte de equipes multidisciplinares de abordagem múltipla pela complexidade e a característica multifacética da patologia. O processo de acolhimento e reinserção social, é de extrema importância. Ver os pacientes e suas famílias com compreensão e compaixão faz parte importante do tratamento, já que um fator de recaída sempre presente é a marginalização da vítima da doença.

 

*PSIQUIATRA PABLO MIGUEL  ROIG,  CRM 24968,   criador e  Diretor  da  Greenwood, clínica  referência no tratamento de dependentes de drogas  no Brasil,  na  Argentina, nos Estados Unidos e na Espanha.  

 

Doutor Pablo Roig: “É epidemia, mas dependência de droga ainda não é disciplina nas faculdades de Medicina”

“Dependência de droga é doença do cérebro e epidemia no Brasil. Mas AINDA não é disciplina nas faculdades de Medicina em todo o país e não recebe do Ministério da Saúde e nem dos governos estadual e municipal investimentos necessários à criação de programas de prevenção e tratamento que, de fato, evitem os casos e recuperem estes graves doentes no Brasil.” Análise do psiquiatra Pablo Miguel Roig, CRM 24968 ,nesta terça-feira, na live “Prevenção e tratamento”. promovida pelo terapeuta Roberto Brunelli no Instagram e assistida por profissionais e familiares de estados brasileiros. Roberto Brunelli é o criador da FEBRACI- Federação Brasileira de Clínicas Terapêuticas Involuntárias. O doutor Pablo Roig tem em seu currículo 42 anos de experiência no tratamento de dependentes de drogas , é o criador e Diretor Clínico da Greenwood, clínica referência para psiquiatras no Brasil, na Argentina, nos Estados Unidos  e na Espanha. O doutor Pablo e Roberto Brunelli participam da campanha “Pais contra as drogas”

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No Brasil, 85% dos municípios têm cracolândias, denuncia a Confederação Nacional dos Municípios informando que o uso do crack prejudica nessas cidades EDUCAÇÃO, SAÚDE E SEGURANÇA. Adolescentes fumam maconha e já experimentam outras drogas, como cocaína, lança-perfume e ecstasy, oferecidos por colegas de festas, condomínios e de escolas.”Mas a dependência de droga, pela desinformação, ainda é vista pela população com preconceito porque o dependente tem conduta reprovável”,  avalia o doutor Pablo Roig. ” E, por desinformação, as famílias demoram de cinco a sete anos para encontrarem tratamento eficaz para tratar filhos ou parentes dependentes químicos.”

O doutor Pablo explicou que o tempo de tratamento “depende do diagnóstico médico e que  é necessária a abstinência”. Contou que na Greenwood , há 80 profissionais para tratar 30 dependentes “ e que nestes tempos de COVID-19 foi feito um Protocolo para evitar a contaminação e contratado um infectologista para acompanhar todo o trabalho de prevenção.

ASSISTA :

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Uma conversa sobre Dependência Química no Brasil. 02/06/2020

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Com o isolamento na pandemia, aumenta o uso de drogas

Artigo do psiquiatra Pablo Miguel Roig, CRM 24968*

Para comentarmos a situação atual das drogas, na convivência com uma pandemia, ainda nos faltam dados fidedignos, já que se trata de uma realidade recente, imprevisível e contaminada por medidas de combate muitas vezes contraditórias e incoerentes. Não podemos ignorar a influência que esta doença tem em nossas vidas, provocando mudanças qualitativas e quantitativas com impacto importante na nossa estrutura psíquica. Temos que restringir nossa liberdade de ação, vivemos com a angústia de sermos infectados, de morrer, de sofrer perdas de nossos entes queridos, de perder o emprego, de não poder pagar as nossas contas e de não saber quando isto vai acabar. Somos bombardeados diariamente com notícias que acabam funcionando com técnicas terroristas e vemos como isto é aproveitado por psicopatas de todas as ordens. Estamos sendo roubados de recursos essenciais para o combate ao vírus. Estamos presenciando o manejo político da pandemia. Vemos como a miséria humana é usada para benefício de alguns, falsificando produtos, roubando materiais, superfaturando compras e empreitas e tudo está ao alcance de nosso conhecimento em forma imediata, pela rapidez com que a informação nos atinge.

Pandemia está causando depressão, insônia, violência doméstica e divórcios”

Recentemente, ao comentar um artigo da Organização Mundial da Saúde sobre os efeitos psiquiátricos da pandemia, verifiquei que a partir da medição de consequências em vários países, encontraram um aumento significativo de quadros de depressão, uma piora nos que já vinham sendo tratados e agravamento dos quadros de ansiedade e insônia. Aumentaram também as denúncias por violência doméstica, feminicídio e divórcios. As crianças, além de serem vítimas de descuido ou mesmo agressão física ou psicológica, apresentam, em função do isolamento, dificuldades em relação à atenção, à motivação e ficando extremamente inquietos. Também houve um aumento importante no uso de drogas psicoativas lícitas e ilícitas.

Vamos nos concentrar neste último ponto. Para entendermos a relação do indivíduo com as drogas é importante compreendermos que elas provocam alterações cerebrais que trazem benefícios imediatos, principalmente na área da recompensa emocional e do manejo de ansiedades, do sono, das dores e provocam estados de euforia. As consequências mediatas passam a ser desconsideradas e o presentismo passa a ser a forma de funcionar do usuário, que procura a resposta satisfatória e rápida em forma inconsequente. Desta maneira vai se desenvolvendo a doença, que vai escravizando a sua vítima, que, desarmada de elementos psicológicos, chamados mecanismos defensivos, que mediem as emoções, usam o efeito imediato dos fármacos para aliviá-las, não importando os efeitos tóxicos transformando as drogas nos recursos defensivos espúrios.

Com o isolamento forçado, aumenta o consumo de drogas lícitas e ilícitas”

Uma situação como a que estamos vivendo, com o isolamento forçado, é campo fértil para o agravamento do consumo de drogas tanto lícitas como ilícitas. Mesmo os que não desenvolveram a doença, estão no grupo de risco, já que os consumidores moderados, talvez não consigam voltar ao uso do padrão anterior após a pandemia. A solução tóxica para o manejo das emoções provocadas pela situação atual é de uma ineficiência total, já que o efeito farmacológico só se obtém enquanto o indivíduo está intoxicado, deixando em muitos casos, posteriormente,  a famosa “ressaca”, que geralmente aumenta o que o usuário tentou diminuir, criando mal-estar físico, aumento da ansiedade, irritabilidade, agressividade, depressão, etc.. Na procura da solução imediata e química destes sintomas, instala-se o círculo vicioso do uso compulsivo e inconsequente.

As drogas, em sua maioria, agem negativamente em relação à imunidade, sendo que ela é de total importância como elemento protetor contra o vírus. Além de atuarem na diminuição imunitária, como é registrado em usuários de opiáceos, muitas delas são fumadas, como o crack, o tabaco em todas as suas formas, o cigarro eletrônico, os canábicos, etc.. Todas elas provocam inflamação das vias respiratórias, facilitando o efeito agravante do vírus no local de maior potencial destrutivo.

Descaso com cracolândias, onde estão grupos de alto risco para a COVID-19”

Uma preocupação que deveria ser de todos é a situação das cracolândias, esse submundo do qual temos poucas informações, mas que é um setor de nossa sociedade. Publiquei minha aflição no Blog da Clínica Greenwood, num artigo cujo título é “Os Descartáveis”, em que denuncio o descaso das autoridades, e de toda a sociedade, em relação a este drama que atinge a todos nós e critico a utilização política, com a promessa de dar uma solução para o problema, que fez parte do discurso de todas as últimas campanhas eleitorais. Os frequentadores das cracolândias cumprem com todas as características do grupo de alto risco. Usam uma droga fumada, que inflama os tecidos do sistema respiratório, não respeitam critérios mínimos de higiene, estão em ambientes de permanente aglomeração e estão imunodeprimidos pelo uso das drogas. Claro que não temos dados a esse respeito, porque ninguém sabe o que acontece nesse meio, mas podemos prever que acontecerá uma catástrofe de proporções gigantescas. Não devemos fechar os olhos para este drama.

É evidente que a situação atual é polifacetada e ainda estamos estudando a conduta do vírus, sua patogenia, os elementos de prevenção para a doença, tanto os primários, materializando-se numa vacina, como os secundários, com métodos diagnósticos e recursos terapêuticos para ação nos estágios precoces da doença e os terciários, com meios que ataquem a doença instalada independentemente da gravidade. Além disso, devemos observar as consequências a médio e longo prazo, onde a psiquiatria e o cuidado com adictos terão um papel preponderante.

*Psiquiatra Pablo Miguel Roig, Diretor da Clínica Greenwood, é especialista no tratamento de dependentes de drogas há 42 anos e se tornou referência no Brasil, na Argentina, nos Estados Unidos, na Espanha e em Portugal.

Covid-19: risco de genocídio nas cracolândias ignoradas pelos governos

Nem com a epidemia causada pela COVID-19, com mortes e internações em UTIs, o Ministério da Saúde, os governos estaduais e as prefeituras se preocupam com os dependentes que estão nas cracolândias na maioria dos municípios brasileiros. “A COVID -19 representa risco de genocídio em cracolândias . MAS nada está sendo feito por estes doentes gravíssimos, que já têm os pulmões prejudicados pelo crack, pela maconha e pelo tabaco, que fumam 24 horas de segunda a domingo nas cracolândias do País”, alerta o psiquiatra PABLO ROIG na live “CRACOLÂNDIA: DEPENDÊNCIA QUÍMICA EM TEMPOS DE COVID-19”,promovida pela Liga Acadêmica de Psicanálise e Psicopatologia e com a participação do psicólogo Wemerson Peixoto de Melo Moura.A coordenação foi de Mateus Ferreira de Lima.

“É imprescindível a mobilização de toda a sociedade, já que temos responsabilidade como cidadãos por solidariedade a estes seres humanos esquecidos pelos governos,”convoca doutor Pablo Roig.

O psiquiatra Pablo Miguel Roig,CRM 24968,estuda e trata dependência de drogas há 42 anos. É o fundador e Diretor Clínico da Greenwood, clínica referência em São Paulo para psiquiatras no Brasil, na Argentina, nos Estados Unidos, na Espanha e em Portugal.

AS IMPORTANTES EXPLICAÇÕES DO DOUTOR PABLO MIGUEL ROIG ESTÃO SENDO PUBLICADAS NESTE BLOG EM TRÊS CAPÍTULOS. NO PRIMEIRO, PUBLICADO ONTEM, ELE DESCREVEU COMO A DROGA DESESTRUTURA O CÉREBRO E SE TORNA A ÚNICA PRIORIDADE DO DEPENDENTE.   HOJE, DENUNCIA:  “CRACOLÂNDIA É UMA VERGONHA NACIONAL E TEM SIDO USADA POR CANDIDATOS À PREFEITURA E AO GOVERNO DO ESTADO.” ASSISTA AO VÍDEO:

 

AMANHÃ, O DOUTOR PABLO ROIG DENUNCIA OS RISCOS DO MÉTODO REDUÇÃO DE DANOS E DESCREVE O TRATAMENTO QUE, DE FATO, RECUPERA O DEPENDENTE DE CRACK.

Greenwood faz teste da COVID-19 para novas internações

Clínica Greenwood já realiza testes da COVID-19 para novas internações de dependentes de drogas. As explicações são do Diretor Técnico Substituto da Greenwood, Médico Juan Pablo Albuquerque Roig, CRM: 126345: