A cada três horas um brasileiro se afasta do trabalho para tratar a dependência química

Número de afastamentos no primeiro semestre deste ano foi 22% maior que em 2010

A cada três horas uma pessoa recebe licença do trabalho para tratar a dependência química, em todo o país. Segundo o ministério da Previdência Social, só no primeiro semestre deste ano, 21 mil trabalhadores foram afastados do serviço por este motivo, um aumento de 22% comparado ao mesmo período de 2010.

Realidade cada vez mais comum entre pessoas de diferentes classes sociais, a dependência química aparece com mais frequencia entre empresários, médicos, advogados, garis, economistas, professores e funcionários públicos.

Para a psiquiatra Analice Gigliotti, “um aumento da tensão profissional pode ser uma variável, mas não é única”.

– É preciso ter também uma detecção mais precoce desses problemas relacionais ao uso de substâncias no ambiente de trabalho.

Atrasos, confusão e queda de produtividade estão entre os problemas enfrentados pelos dependentes químicos na vida profissional que afetam também as empresas.

Um funcionário público, que teve que se afastar do trabalho para se cuidar do vício em álcool, maconha, cocaína e crack por 17 anos, diz “que conseguia usar (drogas) de noite e trabalhar bem no outro dia”.

– Só que essa é uma doença progressiva, incurável e fatal. Então eu comecei a ficar atrapalhado e a chegar tarde no serviço.

Segundo os especialistas, reconhecer que precisa de ajuda é o primeiro passo para quem busca a cura do vício, além do apoio da família.

Família admite que Sócrates precisa de um transplante

O último boletim médico aponta uma leve melhora. A pressão arterial está estável e a quantidade de sangue no corpo equilibrada.

O ex-jogador Sócrates continua internado em estado grave no hospital Albert Einstein, em São Paulo. A família admitiu que ele precisa de um transplante.

O último boletim médico aponta uma leve melhora. A pressão arterial está estável e a quantidade de sangue no corpo equilibrada. Mas Sócrates continua na Unidade de Terapia Intensiva respirando por aparelhos e sedado. O estado dele ainda é grave.

“Ele não pode ter um novo sangramento. Se ele tiver um novo sangramento, a gente corre o risco de perdê-lo”, disse Kátia Bagnarelli, esposa de Sócrates.

Foram duas internações na UTI em menos de 18 dias por causa de duas hemorragias digestivas. Sócrates sofre de cirrose causada, segundo ele, por consumo excessivo de álcool.

Pela primeira vez desde que começaram as crises do ex-jogador de 57 anos, a família fala na possibilidade de um transplante de fígado.

“A cura só se dará pelo transplante. Hoje ele não pode fazer. Há um período para avaliar a recuperação”, disse Kátia.

Ex-jogador Sócrates reconhece que era dependente de álcool

Em entrevista exclusiva ao Fantástico, ex-jogador diz que sai mais forte após escapar da morte.

 

Depois de passar por uma internação de emergência, Sócrates, o ex-jogador do Corinthians e da seleção brasileira, voltou sábado (27) para casa e contou para a equipe do Fantástico como a bebida quase o levou à morte. Aos 57 anos, ele reconhece que era dependente de álcool.

“É nessas horas, que a gente cresce. Saio muito mais forte, muito maior e com muito mais compromissos e responsabilidades que eu tinha antes”, resume Sócrates.

Sócrates conversou com o Fantástico no sábado (27), sete horas depois de sair do hospital. Foram nove dias internado. O ídolo corintiano, do calcanhar inconfundível e formado em medicina falou ao abertamente sobre a doença que quase o levou à morte e os problemas com bebida alcoólica.

“Eu tenho um ponto cirrótico. É uma lesão que não é tão grave, mas ela em localizada em área hipersensível do fígado. Essa lesão é causada, fundamentalmente, por álcool”.

As primeiras horas no hospital foram as mais delicadas. Sócrates entrou pela porta caminhando. Ele tinha uma hemorragia digestiva. O sucesso do trabalho dos médicos evitou a morte do ex-jogador.

“O fígado estava todo inflamado, então ele não deixa passar nada. É como se fosse uma bomba de sangue represado. Ele vai ter que explodir em algum lugar. No meu caso, foi o estômago”, conta Sócrates.

“Eles iriam tentar fazer o máximo para tentar segurar a vida dele. Mas que poderia ser difícil”, lembra Kátia Bagnarelli, mulher de Sócrates.

Um cateter, um pequeno tubo, foi usado para fazer o sangue circular. Sócrates ficou nas mãos de um médico que torce para um rival do Corinthians. “Ele é são-paulino, então ele disse que um são-paulino teve que salvar a vida de um corintiano”, conta a mulher.

Esse não foi o primeiro problema grave provocado pela cirrose, revela o ex-meio-campista das copas de 82 e 86.

“Há três meses, eu tive um sangramento. Mas mesmo assim, a coisa aconteceu, explodiu. Provavelmente não vai precisar de transplante, hoje de jeito nenhum”, ele diz.

Na década de 1980, foi um dos líderes da democracia corintiana. A concentração deixou de ser obrigatória e outras questões como horário dos treinos, também eram decididas no voto.

O ex-craque nunca escondeu que gostava de bebida alcoólica. Mas agora reconhece que era dependente.

“Fui alcoólatra sim. Quando eu queria. Quem usa álcool cotidianamente é alcoólatra. Eu fui dependente de álcool. Não tomava todo dia. Eu estava há três meses sem beber”, ele garante.

Além de não beber, Sócrates vai ter que seguir uma dieta rigorosa e fazer exames clínicos com frequência.

“Abstinência vai ser total daqui para frente, para que meu fígado reúna condições de se equilibrar totalmente e que não dê mais problemas”, avalia ex-jogador.

“Agora é só aguinha tônica, água sem gás. Nós dois sentadinhos, batendo papo, tomando água”, brinca o ex-jogador Casagrande.

Sócrates respira com ajuda de aparelhos, diz boletim médico

Ex-jogador voltou a ser internado nesta segunda-feira, em São Paulo.
Ele teve uma hemorragia digestiva no esôfago.

 

 

O ex-jogador Sócrates, novamente internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, respira com a ajuda de aparelhos, segundo boletim médico divulgado nesta terça-feira (6). Sócrates foi internado nesta segunda (5) com uma hemorragia digestiva no esôfago. Ele sofre de cirrose e ficou internado durante nove dias no mês de agosto, tendo alta no dia 27.

Segundo o boletim médico, Sócrates foi submetido a uma endoscopia e toma remédios para controlar a pressão. Ele está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital. Segundo a família do ex-jogador, o sangramento já foi controlado.

Em entrevista ao Fantástico gravada após ter alta, Sócrates contou como a bebida quase o levou à morte. Ele reconheceu que era dependente de álcool.

“É nessas horas que a gente cresce. Saio muito mais forte, muito maior e com muito mais compromissos e responsabilidades que eu tinha antes”, resumiu.

O ídolo corintiano, do calcanhar inconfundível e formado em medicina, falou abertamente sobre a doença que quase o levou à morte e os problemas com bebida alcoólica. “Eu tenho um ponto cirrótico. É uma lesão que não é tão grave, mas ela está localizada em área hipersensível do fígado. Essa lesão é causada, fundamentalmente, por álcool”, disse Sócrates.

Anvisa proíbe mefedrona; substância é similar ao ecstasy

A Anvisa acaba de proibir no Brasil a mefedrona, um estimulante sintético que é usado na criação do que popularmente ficou conhecido como “drogas disfarçadas”.

Com algum conhecimento de química e os ingredientes certos, é possível criar drogas artificiais com os mesmos efeitos da maconha, da cocaína e de outros entorpecentes ilícitos. E com um diferencial: muitos deles podem ser vendidos legalmente aproveitando brechas na legislação.

Droga artificial simula efeito de cocaína e é vendida ‘disfarçada’

Essas drogas vêm disfarçadas como inofensivos incensos (maconha artificial), sais de banho (cocaína ou ecstasy) e até desinfetantes.

“Muito se fala dos efeitos alucinógenos dessas drogas, mas isso é o de menos. Elas têm consequências muito piores, podendo provocar até um ataque cardíaco fulminante”, afirma Rafael Lanaro, do Centro de Controle de Intoxicações do Hospital de Clínicas da Unicamp.

Editoria de arte/folhapress

 

MAIS RISCOS

Algumas podem ser ainda mais devastadoras do que as drogas “tradicionais”. Entre os efeitos da mefedrona estão palpitação, insônia, ansiedade, paranoia e danos ao sistema nervoso central.

Embora a maioria traga no rótulo a advertência de que o consumo é inadequado para humanos, basta uma visita aos sites das principais marcas para ver que se trata apenas de mais um disfarce.

“Para um químico orgânico, por exemplo, é muito fácil fazer essas combinações em laboratório”, diz Lanaro. “A mefedrona usa como base a efedrina, um medicamento comum. A partir da efedrina é possível fazer várias reações. É como um brinquedinho. O sujeito vai colocando uma cadeia de carbono aqui, um átomo de flúor ali… E vão sendo criados entorpecentes novos.”

Além disso, a substância também está presente em alguns fertilizantes, o que facilita ainda mais o acesso a ela.

Conhecida como cocaína ou ecstasy artificial, a mefedrona costuma ser vendida –especialmente pela internet, mas também em algumas lojas– rotulada como sais de banho. A “marca” mais conhecida é a Meow Meow.

No Brasil, é possível comprar o produto pela internet, traduzido como Miau Miau.

RECEPTORES

As drogas agem no cérebro com um efeito de chave e fechadura. Cada substância funciona como uma chave, que, ao se ligar a um receptor, “abre” a fechadura e provoca determinados efeitos.

O que muitas drogas artificiais fazem é criar outras chaves para abrir as fechaduras que causam os efeitos das drogas comuns.

É esse o caso dos canabinoides sintéticos, que se ligam aos mesmos receptores ativados pelo THC (princípio ativo da maconha).

O mais comum é o JWH-018, já banido em vários Estados dos EUA, em países da Europa e, recentemente, no Brasil. Estudos indicaram que eles podem ter afinidade até cinco vezes maior com os receptores do que o THC.

fonte: folha.com

Droga artificial simula efeito de maconha e é vendida ‘disfarçada’

A maconha artificial mais popular nos EUA, vendida como incenso, a K2 é alvo de resenhas em sites especializados, que também publicam vídeos ensinando a usá-la.

O fabricante, no entanto, já enfrenta problemas típicos do sucesso de qualquer produto: as falsificações.

Os inventores da K2 –uma alusão à montanha no Himalaia– até criaram um “selo de originalidade” para os pontos de venda, conforme seu próprio site indica, mas ainda há muitas cópias “piratas” por aí.

“Os usuários muitas vezes não fazem ideia do que estão usando. Eles se baseiam nos efeitos que os traficantes dizem que aquela droga vai ter”, diz Rafael Lanaro, do Centro de Controle de Intoxicações do Hospital de Clínicas da Unicamp.

“O assunto está ganhando cada vez mais espaço nos congressos de toxicologia, mas ainda há pouca literatura sobre os efeitos, sobretudo os de longo prazo, dessas drogas”, conclui.

SEM CONTROLE

O uso das drogas artificiais vem crescendo. Um estudo britânico divulgado na semana passada diz que a mefedrona (usada para fazer similares de cocaína e ecstasy) já é tão popular quanto a cocaína no Reino Unido. Mesmo assim, a maioria dos países ainda engatinha em seu controle.

Boa parte da Europa e os Estados Unidos estão se esforçando na proibição dessas substâncias, mas basta uma pequena engenharia química para que as drogas retornem à “legalidade”.

“É muito fácil fazer uma pequena alteração química que muda sua nomenclatura”, diz Lanaro.

Nos Estados Unidos, a maior frente de batalha é contra os canabinoides sintéticos. Trinta e oito dos 50 estados americanos baniram ou aguardam legislação para banir a venda dessas substâncias em seu território.

Por meio de sua assessoria, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) disse que, no Brasil, a análise e o subsequente banimento de substâncias vem da demanda de policiais e da própria população. No caso da recém-proscrita mefedrona, o apelo veio da Polícia Federal.

Apesar da proibição, coibir a venda e o uso dessas substâncias deve ser complicado. “Elas são mais difíceis de apreender porque os policiais não estão familiarizados com elas, a apresentação pode ser aparentemente inofensiva”, avalia Lanaro.

Testes comuns de detecção de drogas não costumam identificá-las. A maioria passa desapercebida pelos cães farejadores.

Tratamento e união da família combatem a dependência química

Quem tem filhos que sofrem de dependência química muitas vezes acha que esse drama não tem saída, sobretudo se houver a recusa em se tratar. Mas o dependente pode ser tratado. E a família também.

Dr. Pablo Roig fala sobre a morte de Amy Winehouse

Nesta edição do programa do JP Online Entrevista, Thiago Uberreich e Izilda Alves recebem nos estúdios da Jovem Pan Online o psiquiatra Pablo Roig, que é integrante do Jovem Pan pela Vida contra as Drogas. Nesta conversa, o médico fala sobre a morte de Amy Winehouse e o exemplo que ela deixou, além de esclarecer detalhes sobre a dependência química.


“É impossível não relacionar a morte de Amy Winehouse com droga, mesmo se o resultado do exame toxicológico for negativo. É bem provável que ela tenha tido uma overdose”, avalia o psiquiatra Pablo Roig, diretor da Clínica Greenwood , autor do livro “Drogas: mito e realidade” e integrante de Jovem Pan Pela Vida, Contra as Drogas. “Uma overdose significa parada cardiorespiratória, ou seja, param coração e pulmões. O coração não bate e a pessoa não respira.”

O psiquiatra destaca que o fato de Amy ter tido uma história com drogas, significa que o corpo dela estava fragilizado. “Ela estava extremamente doente. Caía no palco e esquecia as letras. Mesmo que estivesse abstêmia, não aguentaria um estresse a mais.Os jornais ingleses contam que ela tinha comprado ecstasy recentemente. Ecstasy e bebida alcoólica é mistura fatal. É importante lembrar que segundo as reportagens, quando os paramédicos chegaram não havia drogas onde o corpo de Amy estava. O que sobrou das drogas pode ter sido retirado”

O diretor da Clínica Greenwood se mostra surpreso com a falta de conclusão do laudo divulgado pela polícia. “Resultado de exame de sangue sai na hora e mostra a quantidade de droga no corpo.”

A morte de Amy Winehouse aos 27 anos reproduz o que vem acontecendo há muito tempo, analisa o especialista no tratamento de usuários de drogas. “Transforma em herói quem já está doente há muito tempo. Quem usa drogas, há muito tempo. POR ISSO, alerta o Dr. Pablo Roig, É IMPORTANTE OS PAIS PRESTAREM ATENÇÃO EM QUEM SÃO OS MODELOS DE SEUS FILHOS.”

Vera Fischer foi internada em clínica de reabilitação pela filha, Rafaela

Foi Rafaela Fischer, filha de Vera Fischer, que levou a atriz até a clínica de reabilitação localizada na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, na última terça-feira (26). Rafaela, 31 anos, acompanhou a mãe até a clínica, após vê-la passar mal durante o sábado e o domingo. A informação foi confirmada por uma amiga próxima da família. Segundo a fonte, em outras oito internações para se tratar da dependência química, Vera foi acompanhada pela empresária, o ex-namorado e uma produtora teatral.

A amiga disse ainda que, além de Rafaela, Vera está sendo ajudada pelo ex-marido, o ator Felipe Camargo, e um diretor da TV Globo. Felipe é pai de Gabriel, o filho caçula de Vera. A fonte não soube informar quando a atriz terá alta do tratamento. A clínica em que Vera está internada é a mesma em que já se tratou outras vezes.

A última aparição de Vera na TV foi em uma participação em “Insensato Coração”. Na trama de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, ela era uma viúva rica, que viveu um romance com Teodoro (Tarcísio Meira).

Vera Fischer é internada em clínica de reabilitação no Rio de Janeiro

Vera Fischer foi internada nesta terça-feira (27) em uma clínica de reabilitação para dependentes químicos, na Barra da Tijuca, zona oeste, do Rio de Janeiro, de acordo com a coluna Retratos da Vida, do jornal Extra, publicada nesta quarta-feira (27).

“É muito triste e muito chato, mas foi para o próprio bem dela”, declarou a assessora de imprensa da atriz, Liège Monteiro.

Essa não é a primeira vez que Vera é internada para tratar de problemas com álcool e drogas. Ainda de acordo com a publicação, em sua mais longa internação, a atriz ficou oito semanas em uma clínica de Santa Teresa, em 1997.