Vício em games pode causar depressão, fobia e ansiedade em crianças e adolescentes

Problema afetaria aqueles que jogam em torno de 30 horas semanais

Os pais já podem recorrer a uma tese científica para regular o tempo que as crianças passam diante do videogame. Estudo que será publicado na edição de fevereiro da revista Pediatrics defende que a dedicação excessiva aos games pode causar depressão, fobia social e ansiedade em crianças e adolescentes.

Para a realização do estudo, 3.034 estudantes do terceiro ao oitavo ano (equivalente ao ensino fundamental brasileiro) de cinco escolas de Singapura, na Ásia, foram questionados acerca de seus hábitos de jogo. Os resultados mostraram que 9% dos estudantes podem ser considerados jogadores patológicos, segundo padrões da Associação Americana de Psiquiatria: eles dedicam, em média, 31 horas semanais aos games. Já os estudantes que não foram considerados viciados chegaram a 19 horas semanais.

“Ao se tornarem viciados, crianças e adolescentes têm mais chances de desenvolver depressão, fobias sociais e ansiedade. Além disso, podem ter as menores notas na escola”, diz Douglas Gentile, um dos autores da pesquisa. “No entanto, o problema não ocorre durante toda a vida: quando a criança deixa o vício, esses sintomas diminuem”, acrescenta.

Para que os excessos de videogame sejam considerados doença, é preciso que afetem várias áreas da vida, como desempenho escolar, relacionamento com amigos e familiares.

Especialistas: combate ao crack só decola com capacitação de profissionais

Depois de a presidente Dilma Rousseff lançar o Programa Nacional de Combate ao Crack, no fim do ano passado, um acordo entre o governo do Estado do Rio de Janeiro e os ministérios da Justiça e da Saúde deve ser assinado nos próximos dias, fixando as medidas a serem adotadas no estado nos próximos meses. A tentativa é de conter o avanço da droga – considerada uma das mais nocivas atualmente e que seduz cada vez mais adultos e, principalmente, adolescentes e crianças. Para especialistas ouvidos pelo Jornal do Brasil, a maior dificuldade enfrentada para recuperar os usuários deste narcótico no Rio de Janeiro tem sido a falta de profissionais especializados e a ausência de atendimento médico adequado.

Em 2011, as ações da Secretaria Municipal de Assistência Social retiraram 3.195 usuários de crack das ruas. Destes, 475 são crianças ou adolescentes. As vagas para internação compulsória, no entanto, não passam de 194, em quatro Centros Especializados de Atendimento à Dependência Química (CEADQs).

A ausência de leitos parece não ser novidade para o governo federal, já que o ousado programa, intitulado “Crack: É Possível Vencer”, prevê a internação hospitalar dos dependentes, a criação de leitos em hospitais públicos para atendimento dos usuários e até a implantação de consultórios nas ruas das cidades brasileiras.

Para a diretora do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Atenção ao uso de Drogas (Nepad), da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Ivone Ponczek, o governo federal deve fixar as ações do plano ciente de que a abordagem e o tratamento são questões médicas e não apenas de segurança pública.

“Na cidade do Rio de Janeiro o acolhimento de dependentes químicos mais parece perseguição aos camelôs. A questão é médica. Não basta correr atrás das crianças e interná-las. É preciso tratá-las e há uma carência no tratamento, pois faltam profissionais que saibam tratar dependentes de crack não apenas no Rio, mas no país inteiro”, sentenciou a psicanalista.

Com relação ao modelo de internação compulsória, adotado pelo prefeito Eduardo Paes há menos de um ano, Ivone Ponczek também aponta deficiências. “A internação compulsória deve ser menos policialesca. É preciso um atendimento à população refém desta droga. Jogar os dependentes em abrigos não adianta nada, porque não recupera-se ninguém”.

Para o médico e vereador do Rio, Paulo Pinheiro (PSol), há um alarde em torno do plano de enfrentamento do crack.

“Os governos fazem muito carnaval com relação às políticas públicas. No Rio, não faltam recursos. A Prefeitura gastou mais de R$ 100 milhões em propaganda. Não basta retirar estas crianças da rua. É preciso capacitar e contratar profissionais da área médica, como psicólogos e psiquiatras, para que o tratamento seja feito adequadamente. Se isto não for feito, não vai haver combate nenhum ao crack e a esta medida da Dilma Rousseff vai ser muito ousada no papel e inexistente na prática”, destacou o parlamentar.

Centro, Jacarezinho e Manguinhos são foco do governo federal

Para traçar as principais necessidades para a execução do plano nas 27 unidades federativas do país, uma comitiva de técnicos do Ministério da Saúde estão percorrendo os estados brasileiros. As visitas começaram em fevereiro e vão até abril.

No estado do Rio de Janeiro, um relatório que deve ficar pronto na próxima semana, vai apontar os principais problemas para o enfrentamento do crack em território fluminense. Já no caso do município do Rio, três áreas já foram destacadas como de “urgência”: as favelas vizinhas Manguinhos e Jacarezinho e o bairro do Centro.

A instalação de leitos para atender os dependentes destas áreas, no entanto, surpreende. Apenas 20 leitos serão lançados para atender os usuários do Centro. Nas outras duas regiões ainda não há uma estimativa de leitos necessários.

“Aos poucos vamos criar os leitos necessários para atender os dependentes”, defendeu-se o coordenador do Departamento de Saúde Mental do Ministério da Saúde Roberto Tykanori.

A Clínica Greenwood começou a oferecer tratamento para compulsão por compras no ano passado, diante do aumento dos casos

Nos últimos anos, a Clínica Greenwood, especializada no tratamento de dependência química, drogas e alcoolismo, começou a ser procurada também por compradores compulsivos, bem como por seus familiares. Em meados de 2011, passou a atender casos de oniomania. A psicóloga da clínica, Monique Brandão de Freitas, diz que o processo no organismo das pessoas com a patologia se assemelha ao de um dependente de drogas ou álcool. “O sistema límbico é atingido”, explica. Isso significa que, no momento da compra, elas são tomadas por uma viciante sensação de prazer.

Assim como as demais dependências, a oniomania possui cinco fases. Na primeira, a pessoa aumenta a frequência das compras gradativamente. Na segunda, começa a abusar e, na terceira, já está dependente. Geralmente, é quando as dívidas aparecem. Pedir dinheiro à família é outro sintoma dessa etapa. Na quarta fase, ocorre a total ausência do senso crítico. Na última, o consumidor passa por uma falência moral, física e psicológica. “Muitos casais se separam por conta desse problema”, relata Monique.

Aos 18 anos de idade, no geral, o indivíduo já começa a manifestar certa predisposição à oniomania, porém a patologia costuma aparecer mesmo pouco antes dos 30 anos. Há uma explicação para isso. No início da vida adulta, as pessoas possuem inúmeros sonhos e projetos. Poucos anos depois, as frustrações começam a surgir, o que frequentemente coincide com a independência financeira.

O médico Juan Albuquerque, também da clínica Greenwood, lembra que uma das principais características do compulsivo é a prevalência de pensamentos intrusivos que incomodam e são aliviados com a compra. “A pessoa sabe que se gastar vai contrair uma dívida e, mesmo assim, não consegue resistir”, afirma. Ele enfatiza que a internet agravou o quadro para a patologia, já que o consumidor não precisa nem mesmo sair de casa. Há situações, porém, em que o estrago é feito in loco. Albuquerque lembra o caso extremo de um paciente que comprou em um único dia quatro caminhone- tes e três televisores de tela plana. Em situações como esta, explica, é preciso investigar se a pessoa possui outros problemas psiquiátricos.

Terapia online: psicólogos utilizam internet para consultas à distância

Diversos sites já oferecem o serviço de consultas com psicólogos usando ferramentas web. Sessões custam em média R$65.

Como a maioria de nós, Sandra Deco tem um trabalho pra lá de estressante e, no dia-a-dia, não sobra tempo para quase nada. Mas, apesar do relógio, Sandra precisava continuar as sessões com a psicóloga, até para colocar tudo no lugar e conseguir lidar com a rotina. A solução veio da tecnologia. Mais precisamente, da terapia virtual. Agora, além de não ter mais que se preocupar com horário ou trânsito, o sofá de casa se transformou em um verdadeiro divã.

Sandra, que é conselheira tutelar, diz que “você se sente mais relaxado, à vontade, porque, como a nossa vida é muito corrida, você não precisa se preocupar com horário, trânsito, carros estacionados ou com o estacionamento que vai fechar”.

Já Milene Rosenthal, sócia-fundadora do Psicolink, diz que a mobilidade do serviço online faz com que “a orientação psicológica aproxime o psicólogo e o deixe mais disponível para a população. É uma forma mais rápida de você entrar em contato com esse profissional e sanar suas dúvidas ou ter uma primeira orientação. Há também a praticidade e o custo menor”, diz.

Sandra já faz terapia online há quase um ano e meio. E, como ela, cerca de 40% dos pacientes da sua psicóloga também são atendidos da mesma maneira: virtualmente. Já existem vários sites especializados e credenciados pelo Conselho Regional de Psicologia. Tudo que o paciente tem a fazer é se cadastrar, procurar um psicólogo disponível e, através de vídeo ou um simples chat, dar início à sessão. Cada atendimento dura 50 minutos e custa, em média, R$65.

Angélica Amigo é psicóloga e explica que a grande sacada está na praticidade. Assim, o paciente evita o trânsito, não sai de casa e tem um atendimento rápido: “As pessoas não escolhem a hora para ficarem angustiadas. A angústia aparece, o problema vem. E a pessoa quer um acolhimento imediato. Então, um grande benefício é você poder ter essa ferramenta à mão em qualquer hora que puder”, diz.

O atendimento online não é exatamente a mesma coisa de uma sessão no consultório. Mas, quem já experimentou garante que funciona. Sandra diz que “para algumas pessoas pode funcionar,para outras não”. No caso dela, deu certo.

Angélica Amigo diz que acredita “que o sofrimento é o mesmo, quando o paciente vai ao consultório ou quando ele senta na frente do computador, buscando ajuda. E vemos esse sofrimento da maneira como ele é. O paciente realmente transborda também na frente do computador. É diferente sim, mas não menos eficiente”.

Mas Milene alerta: “Como a orientação psicológica não substitui a terapia, pode ser que ele comece algumas sessões de orientação e vá para a terapia presencial. Porque a ideia é ser um serviço complementar do psicólogo”.

A ferramenta tecnológica é mesmo bem legal. Mas, vale o alerta: se você for procurar este tipo de serviço, certifique-se de que o site tem o selo de credenciamento junto ao Conselho de Psicologia. Isso diminui o risco de cair nas mãos dos espertões, que podem querer passar por psicólogo. Mais do que isso: informe-se sobre o profissional antes de pagar por uma sessão online. Afinal, quando o assunto é saúde, todo cuidado é pouco.

Para facilitar sua vida, nós separamos um link (acima) onde você pode consultar se o site que você está acessando é credenciado ou não. Assim, você escapa de possíveis armadilhas.

Pesquisa mapeia comportamento de dependentes químicos na internet

O Instituto Sírio-Libanês listou 2,4 mil comunidades virtuais. Discussões vão desde tratamento a como usar entorpecente.

O Instituto Sírio-Libanês mapeou o comportamento de dependentes químicos na internet. Os pesquisadores usaram palavras chaves como maconha, usuário, pó e listaram 2,4 mil comunidades virtuais.

Dessas, 996 abordaram como tema a maconha. Os participantes deixam mensagens sobre a descriminalização da droga, falam sobre os efeitos e até dão dicas para quem quer plantar a erva. Outras 995 comunidades abordavam o crack e têm como tópicos as crises dos usuários, a busca por tratamentos e relatos de familiares que trocam experiências e indicam clínicas de desintoxicação. A cocaína é listada em 446 comunidades, onde os usuários falam do preço e da qualidade da droga, alguns até ensinam como usar o pó.

Os pesquisadores trocaram mensagens com os participantes das comunidades para saber quais eram as fontes das informações disponibilizadas nas páginas. Todos citaram textos e vídeos informais, divulgados por outros usuários, muitas vezes anônimos. Nenhum internauta disse compartilhar informações obtidas em sites do Governo.

“O volume de desinformação, de informação paralela, de informação equivocada, tem sido imenso, transmitidos por sites sem nenhuma responsabilidade, alguns banalizam a questão do uso das drogas, então dá a dimensão de que não é um problema tão grave assim. Nos sites do Governo existem mais informações para os gestores, ou para os profissionais da área de saúde. As informações mais voltadas para o usuário, dos interesses do usuário, perguntas do usuário, não são bem estruturadas”, afirma o coordenador de Saúde Mental de Ribeirão Preto, Alexandre de Souza Cruz

A presidente do Projeto de Restauração de Vidas (Proreavi) de Franca, Eliana Justino, diz que é preciso cuidado ao tratar todos os casos como sendo iguais. “Nem todas as informações que você encontra na internet são reais para aquele dependente, as pessoas são diferentes, então elas têm que ter um atendimento e um tratamento diferenciado”, conclui.

O técnico em química Gustavo Morais Almeida usou drogas por 15 anos. Em 2009 ele buscou informações na internet para deixar o vício. “Procurei saber sobre os tratamentos, sobre a melhor forma, mas também surgiram algumas dúvidas, como, por exemplo, se auto diagnosticar. De repente tem um medicamento que a gente pode usar ou não, colocando na cabeça da gente que de repente a gente pode ter uma doença ou outra, um transtorno. Sem a ajuda de um profissional é muito difícil”, conta.

A pesquisa também analisou os tópicos mais recorrentes nos fóruns dentro das comunidades. Muitos participantes reclamam da falta de leitos no sistema público e da dificuldade para pagar o tratamento. Em Ribeirão Preto são apenas 36 leitos disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para dependentes químicos.

Segundo Cruz falta investimento. “Há necessidade de locais para receber esses pacientes e os sistemas que se dizia que poderia substituir completamente a internação, na verdade não substituem. Eu não tenho a mínima dúvida de que isso é um dever que tem que ser cumprido pelo Estado”, diz.

fonte: gazetaweb.com

Conheça a nomofobia, o medo de ficar sem celular

Pesquisa descobriu que 66% das pessoas morrem de medo de sair sem celular. Termo é abreviatura para “NO MObile phone phobia”

Em tempos em que as pessoas não desgrudam de seus smartphones, um novo termo surgiu para designar aqueles que morrem de medo de sair de casa sem seus tão amados celulares: a nomofobia. O termo, que é a abreviatura para “NO MObile phone phobia” (fobia de ficar sem celular), surgiu pela primeira vez em 2008.

SecurEnvoy, empresa de serviços móveis, entrevistou mil pessoas e descobriu que 66% delas sofrem dessa fobia, tendo medo de perder seu celular. Outros 41% possuem 2 ou mais celulares para conseguirem se manter conectados sempre, segundo o jornal inglês The Telegraph.

E, ao que parece, as mulheres têm uma maior preocupação com os seus telefones móveis. 70% delas sofrem da fobia, contra 61% dos homens. Já no caso de terem 2 ou mais celulares, os homens ganham com 47%, contra 36% das mulheres.

Na divisão por idades, os jovens lideram. 77% das pessoas entre 18 e 24 anos possuem a nomofobia. No caso das que têm entre 25 e 30 anos, o número cai para 68%. Outra descoberta da pesquisa é que 49% dos entrevistados ficam chateados por terem suas mensagens lidas por outra pessoa.

A segurança também foi abordada: 46% não utilizam nenhuma proteção em seus aparelhos, 41% usam uma senha de 4 dígitos para bloqueio de acesso e 10% criptografaram seus dispositivos.

fonte: olhardigital

Irmãos saudáveis de dependentes também têm tendência ao vício

Alterações no cérebro podem ser traços carregados pela hereditariedade.
Estudo foi divulgado na revista ‘Science’.

Irmãos sem vícios de dependentes químicos possuem as mesmas características cerebrais de seus parentes, segundo um estudo divulgado nesta semana na revista “Science”. Os pesquisadores da Universidade de Cambridge, responsáveis pelo trabalho, acreditam que as alterações no cérebro que levam à dependência podem ser hereditárias.
Mesmo que estudos posteriores confirmem que os cérebros de dependentes e seus irmãos sejam mesmo diferentes, os cientistas britânicos acreditam que essas alterações podem ser contornadas para evitar o vício.

Alterações no cérebro de dependentes já haviam sido estudadas, mas os pesquisadores até então não sabiam dizer se essas mudanças ocorriam antes ou depois do uso de entorpecentes.
Para conseguir saber o momento que o cérebro mudava, Karen Ersche e seus colegas em Cambridge estudaram duplas de irmãos: um com problemas de vício e outro saudável. A dependência química foi estudada tanto para casos de álcool como para o uso de drogas ilegais.
Testes para medir a capacidade de controlar impulsos foram conduzidos entre os participantes, que realizaram experiências para saber se conseguiam deixar de seguir uma determinada instrução com rapidez.

Na comparação com pessoas sem histórico de vício na família, cada dupla de irmãos apresentou resultados piores. Após a análise de imagens da atividade cerebral dos participantes, os cientistas britânicos verificaram uma diminuição na densidade da massa branca no cérebro e alterações no volume de massa cinzenta em regiões como a amígdala.
O grupo ainda sugere que dependentes químicos e seus irmãos possam se beneficiar de intervenções médicas voltadas ao aumento do autocontrole, uma das condições vitais para o combate ao vício.

Polêmica, ação na Cracolândia completa 2 semanas

A ação da Polícia Militar apreendeu, até o momento, pouco mais de dois quilos de crack


O tráfico de drogas vai se afastar da Cracolândia para evitar prisões, por isso, o serviço de inteligência do DENARC é fundamental neste momento. A operação da Polícia Militar, que completa hoje duas semanas, apreendeu pouco mais de dois quilos de crack.

Já o Departamento de Narcóticos localizou, em apenas uma ação, dezesseis mil pedras da droga, que somam mais de sete quilos. Para a cúpula da segurança pública, pequenas apreensões na Cracolândia são normais e a dificuldade de Publicidadeencontrar grandes quantidades tende a aumentar.

A presença ostensiva da Polícia Militar fez com que usuários e traficantes se espalhassem e fracionassem as pedras para diminuir o tamanho. Em entrevista a Thiago Samora, o diretor do DENARC, Wagner Giudice, disse que a polícia agora vai agir para encontrar os laboratórios do crack. “Dentro da Cracolândia é muito difícil você fazer uma apreensão de mais de meio quilo. Quando chega lá, é muito espalhado”.

De acordo com a PM, o tráfico de drogas não acabou na Cracolândia, mas o local está pronto para o trabalho dos agentes de saúde. O comandante da PM, coronel Álvaro Batista Camilo, explicou que não haverá ação integrada para poder aumentar as chances de adesão ao tratamento.

O secretário de Saúde, Giovanni Guido Cerri, garante que o governo do Estado está aumentando o número de leitos para internação dos dependentes químicos. Cerri lembrou que o crack é um problema sério e enfatiza que o álcool é a porta de entrada para as drogas. “O grande problema de saúde pública é o álcool, que é a porta de entrada para as drogas”.

O governador de São Paulo elogiou o trabalho dos assistentes sociais que convenceram centenas de usuários a optar pela internação sem obrigatoriedade. Segundo Alckmin, o trabalho é longo e a polícia vai continuar na região da Cracolândia por tempo indeterminado.

O governador destaca que a reunião da última semana colocou o Ministério Público por dentro das ações da polícia no Centro. De acordo com Geraldo Alckmin, agora as instituições devem agir de maneira mais integrada.

Cracolândia precisa “da ajuda de todos”

A polêmica na Ação Integrada Centro Legal, que ocorre na região da Cracolândia, no Centro da capital paulista, completa duas semanas.

Em entrevista à Rádio Jovem Pan, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse que a região precisa da ajuda de todos, em especial, do governo federal. Segundo o governador, até o momento, foram contabilizadas 80 internações volutárias, das 1.782 pessoas abordadas por profissionais da Saúde, apreensão de 3,275 kg de crack, 15,159 kg de cocaína e de 42,524 kg de maconha, além da recaptura de 43 fugitivos procurados pela Justiça e prisão de 109 pela Polícia Militar desde o início da ocupação, no último dia 3 de janeiro.

O governador de São Paulo enfatizou que para combater a dispersão de usuários e traficantes, a Polícia Militar dobrou o policiamento nas regiões próximas à Cracolândia. Mais de duzentos policiais militares compõem o efetivo da corporação na nova fase da ação. A operação também ganhou mais viaturas. São 117 carros e 26 motos, além do patrulhamento com bicicletas, 40 cavalos, 12 cães farejadores e o helicóptero Águia.

Nos últimos meses, a presidente Dilma Rousseff e o governador de São Paulo exaltaram parceria e trocam afagos em diversos eventos. Em menos de seis meses, Dilma visitou o Palácio dos Bandeirantes três vezes em apenas seis meses. Porém, nem integrantes do PSDB nem do PT, veem essa parceria com bons olhos. Sobre o assunto, Alckmin explicou que “em nivel federal, o PT ganhou as eleições e tem o dever de governar bem. O PSDB perdeu e tem a obrigação de fiscalizar bem”. “Quem ganha governa, quem perde fiscaliza e se prepara para o futuro. E quem ganha com isso é a população”.

O PSDB promoveu, nesta segunda-feira, o segundo debate entre os pré-candidatos do partido à prefeitura de São Paulo. Os secretários estaduais Andrea Matarazzo (Cultura), Bruno Covas (Meio Ambiente), José Aníbal (Energia) e o deputado federal Ricardo Trípoli falaram a militantes tucanos em Santo Amaro, na Zona Sul, sobre os problemas da capital paulista. Mas e o ex-governador de São Paulo, José Serra, será candidato? Geraldo Alckmin defendeu a escolha ampla de um candidato majoritário e com isso, “quanto mais ampla for a escolha através de prévias, você só ganha com isso”. “Quem for escolhido tem mais legitimidade, quem não for tem o compromisso de apoiar. Isso evita divisões e une mais o partido. Se o Serra quiser ser candidato, ele será um ótimo candidato. Nós defendemos as alianças (…) O PSDB fará uma escolha democrática”.

Dependentes químicos serão prioridade da Saúde em 2012

A prioridade do Ministério da Saúde para o Grande ABC em 2012 será o atendimento aos dependentes químicos. Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a expectativa é de que cada um dos sete municípios tenha pelo menos uma unidade para acolhimento de pessoas em situação de dependência química ou de álcool. A proposta é ter rede de cuidados da Saúde mental para prevenção e tratamento dessa população, seja por meio de consultórios de rua, centros de atenção psicossocial ou casas de acolhimento.

Nos municípios que já têm programas do tipo as ações serão reforçadas, e naqueles em que ainda não há serviço de tratamento ao dependente químico serão instaladas unidades de acolhimento, previstas no Plano Integrado ao Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas do Ministério da Saúde. “Algumas pessoas precisam ficar mais tempo internadas por terem crises de abstinência ou porque vivem em situação de violência doméstica. Por isso, esses locais onde eles poderão morar durante sua recuperação são importantes”, comenta Padilha.

Recentemente, o Ministério anunciou R$ 1 milhão para São Bernardo utilizar em ações imediatas de combate ao crack. Na região, além de São Bernardo, Diadema já conta com dois consultórios. “Esse equipamento funciona em horários alternativos e faz uma busca das pessoas que vivem na rua para que passem por avaliação especializada e possam receber tratamento”, diz o ministro.

Até julho, o Ministério da Saúde informou ter investido R$ 70 milhões tanto na ampliação da assistência direta à saúde de usuários de crack e outras drogas como na capacitação de profissionais de Saúde que atuam nesse segmento.

UPA

O ministro Padilha esteve em Diadema ontem por conta da inauguração da primeira Unidade de Pronto Atendimento do município. O equipamento está localizado no bairro Paineiras e terá capacidade para atender até 300 pessoas por dia, o equivalente a 120 mil atendimentos por mês, beneficiando a região Norte da cidade durante 24 horas.

A unidade recebeu investimento do governo federal de R$ 1,5 milhão, sendo R$ 500 mil para os equipamentos. A UPA tem cinco consultórios, dez leitos de observação, salas para coleta de exames, inalação, raio X, sala de emergência e de classificação de risco.

Com início das obras previsto para o primeiro semestre de 2012, a UPA Piraporinha – segunda de Diadema – reforçará o pronto atendimento no município e, com isso, 100% da demanda será atendida.