Vera Fischer foi internada em clínica de reabilitação pela filha, Rafaela

Foi Rafaela Fischer, filha de Vera Fischer, que levou a atriz até a clínica de reabilitação localizada na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, na última terça-feira (26). Rafaela, 31 anos, acompanhou a mãe até a clínica, após vê-la passar mal durante o sábado e o domingo. A informação foi confirmada por uma amiga próxima da família. Segundo a fonte, em outras oito internações para se tratar da dependência química, Vera foi acompanhada pela empresária, o ex-namorado e uma produtora teatral.

A amiga disse ainda que, além de Rafaela, Vera está sendo ajudada pelo ex-marido, o ator Felipe Camargo, e um diretor da TV Globo. Felipe é pai de Gabriel, o filho caçula de Vera. A fonte não soube informar quando a atriz terá alta do tratamento. A clínica em que Vera está internada é a mesma em que já se tratou outras vezes.

A última aparição de Vera na TV foi em uma participação em “Insensato Coração”. Na trama de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, ela era uma viúva rica, que viveu um romance com Teodoro (Tarcísio Meira).

Vera Fischer é internada em clínica de reabilitação no Rio de Janeiro

Vera Fischer foi internada nesta terça-feira (27) em uma clínica de reabilitação para dependentes químicos, na Barra da Tijuca, zona oeste, do Rio de Janeiro, de acordo com a coluna Retratos da Vida, do jornal Extra, publicada nesta quarta-feira (27).

“É muito triste e muito chato, mas foi para o próprio bem dela”, declarou a assessora de imprensa da atriz, Liège Monteiro.

Essa não é a primeira vez que Vera é internada para tratar de problemas com álcool e drogas. Ainda de acordo com a publicação, em sua mais longa internação, a atriz ficou oito semanas em uma clínica de Santa Teresa, em 1997.

Comprar sem necessidade pode ser sinal de doença

Oniomania,

Uma doença que pode levar a pessoa ao desespero, falência financeira e moral. Perdas irreparáveis e rompimento de relacionamentos familiares. Algumas pessoas quando estão se sentindo tristes e solitárias tendem a buscar os shopping  como uma compensação para seu sentimento de insatisfação. Também é uma forma de compensar sentimentos de baixa estima e outras sensações desagradáveis que ficam “camufladas” temporariamente, oferecendo alívio momentâneo.

No mundo de hoje há uma pressão para o consumismo, resistir não é uma tarefa fácil, principalmente para os compulsivos. Na maioria das vezes as escolhas frente às compras se devem ao emocional e não à razão.

Estudos já constataram que os aromas influenciam no campo do marketing, como por exemplo, menta e erva-doce que reduzem a sensação de estar em lugares fechados; aromas frescos dão a sensação de bem estar e liberdade; aromas de chocolates estimulam o bem estar e prazer. A sensação de entrar em uma loja com aroma de roupas novas estimula o indivíduo às compras e ao prazer. O olfato afeta positivamente o cérebro como o cheiro de fumaça ativa o cérebro de um fumante e o leva imediatamente acender um cigarro.

As cores representam um papel importante na vida humana. Algumas têm efeitos que deprimem e outras que estimulam. As marcas mexem com a personalidade do indivíduo, alguns tentam se satisfazer com marcas que lembram algum ídolo que faz a propaganda ou lembra o personagem das novelas ou filmes. Todo este conjunto de estímulos ocorre nas mentes humanas quando estão comprando, principalmente nos compulsivos. São tomados por todo este “torpor” e caminham por uma rota da falência, onde o prazer fala mais alto, como a droga, onde em algumas horas não há razão, apenas são guiados por uma profunda sensação de prazer em experimentar roupas, sapatos, joias, alimentos, tudo leva ao delírio.

Após retornar à realidade chega uma enorme sensação de fracasso,  vazio e desespero ao receber a fatura do cartão de crédito. Chegam a ter  sudorese, depressão e ansiedade até saldar as dívidas, quando é possível! O sofrimento de não comprar, leva a depressão e irritabilidade. Podemos chamar de abstinência. Na última fase da progressão da doença, o indivíduo ou tende a desenvolver outros vícios, ou uma falência generalizada. Dívidas irreparáveis, quando não há tratamento, dívida consigo mesmo.

A Greenwood oferece tratamento desse tipo de doença contando com uma equipe especializada para um atendimento sério e imediato, dando ao indivíduo uma recuperação emocional e familiar com possibilidade de reorganizar sua vida em relação às perdas, e principalmente de resgate da dignidade social frente aos setores públicos e aos órgãos de cobranças e reeducação financeira.

Dr.Juan Pablo – Médico(Clínica Greenwood)

Monique Brande Freitas – Psicóloga clínica (Clínica Greenwood)

Entenda por que é tão difícil o tratamento de dependência química

Idas e vindas de Amy Winehouse no tratamento, mostra como ele é complexo, demorado e exige participação da família e dos amigos.

Drogas e álcool. Combinação quase sempre letal. Por que é tão difícil para um usuário se tratar? Que força destrutiva é essa que leva alguém a abandonar amigos, parentes e trabalho para viver no caos? O Bom Dia Brasil foi ouvir os especialistas.

Todos acompanharam as idas e vindas de Amy Winehouse no tratamento, que é complexo, demorado, exige participação da família e dos amigos. A vítima do vício sabe que está acabando com a vida, mas não consegue escapar sozinha. Só na capital paulista, quarenta mil pessoas buscam ajuda nos centros de atenção da prefeitura.

Um homem tem 50 anos e usa drogas desde os 13. Procurou tratamento depois de perder a saúde e a família. “Eu queria ter criado os meus filhos e não consegui. Estou lutando para deixar [o vício]”, disse.

“No momento que ela depende daquela droga, que ela passa a ser uma pessoa que usa a droga para buscar prazer, bem estar e adaptação social, isso faz parte da vida dela. Quanto mais faz parte da vida dela, mais difícil ela se liberar daquela situação”, afirma coordenadora de Saúde Mental, Álcool e Drogas, Rosângela Elias.

“A relação que cria entre o indivíduo com a substância psicoativa é complexa, multifatorial, que cria a dependência e o tratamento também tem que ter. Se fosse só a questão das medicações, não teria tantos dependentes químicos. A gente sairia distribuindo na crackolândia e todo mundo pararia. Não é isso”, explica o psiquiatra Crisanto Muniz, do Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) em São Paulo..

“Para alguns indivíduos, é o alívio de um sofrimento. Para outros, é um estado melhorado de viver. Enfim, é individual essa resposta, mas o indivíduo se adapta a esse efeito e ele não tem condição de ficar sem a droga”, aponta a psiquiatra Ana Cecília Rondeli Marques.

Um chopinho com os amigos, nada de mais. O problema é quando beber se torna uma necessidade, e as doses só aumentam. “A linha é muito tênue do uso recreacional de substâncias psicoativas da dependência química. O problema é que o álcool é em longo prazo. Você vai sentir as alterações na segunda década de uso, e aí é o momento que o paciente vem procurar ajuda. Já quebrou familiares e tem problemas psicossociais importantes. Diferente do crack, que é uma droga que a curto prazo, o paciente já percebe as perdas fisiológicas, como a dificuldade de respiração, então ele procura mais cedo”, afirma o psiquiatra Crisanto Muniz.

Ao longo dos anos, as drogas mudaram a aparência da cantora Amy Winehouse, morta no último sábado (25). Os abusos eram evidentes. Durante os shows, ela errava letras e não parava em pé. “Uma pessoa que se apresenta publicamente intoxicada, doente em função da droga, ela já perdeu a capacidade de decidir. Perdeu a critica, o controle sobre a própria doença”, avalia a psiquiatra Ana Cecília Rondeli Marques.

Pelo que se via nos palcos, psiquiatras dizem que a cantora já não tinha mais condições de se recuperar sozinha. Acreditam que a carreira deveria ter sido interrompida para que ela pudesse iniciar um tratamento. A participação da família é decisiva. “É fundamental para o tratamento do dependente de qualquer droga a participação da família, do entorno desse indivíduo”, observa a psiquiatra Ana Cecília Rondeli Marques.

“Eu trato prazer oferecendo prazer. Não adianta eu manter o paciente isolado daquela substância psicoativa 3 ou 6 meses e depois jogá-lo na rua novamente”, conta Crisanto.

O último levantamento feito pela Secretaria Nacional Antidrogas, mostrou que 12% da população entre 12 e 65 anos são dependentes de álcool.

Fonte: Bom Dia Brasil

Vícios deixaram marcas profundas na aparência de Amy Winehouse

Segundo especialista, a cantora aparentava ter complicações sérias, típicas de usuários crônicos de drogas e álcool. Amy era uma figura cada vez mais magra e apresentava feridas pelo corpo.

 


 

Drogas: internação compulsória e educação

Folha de São Paulo
A internação involuntária do dependente, uma importante ferramenta, é autorizada por lei; na rua, jamais se libertará da escravidão do seu vício.

A violência assusta a todos nós.

O sono interrompido por meliantes invadindo nosso lar. O semáforo que tarda a sinalizar a luz verde, submetendo-nos a intermináveis momentos de tensão ao nosso redor. Os filhos que saem de casa para se expor aos perigos urbanos, gerando em nós a angústia da espera.

Pior que a própria insegurança, só mesmo sua inquietante sensação. Dados recentes do IBGE apontam que 35,7% dos lares brasileiros possuem grade em suas portas ou janelas. Quem tem condições se protege como pode.
O rentável mercado da segurança privada floresce, alimentando a indústria do medo. Blindagem de automóveis, condomínios fechados, vigilância particular em ruas e residências e mundos interiores fechados esvaziam espaços públicos e ceifam a convivência social, sombreados pelo fantasma da criminalidade. Na gênese disso tudo está a disseminação ilícita das drogas.

Triunfantes em sua batalha na mente do jovem, os entorpecentes têm dragado vidas ainda incipientes ao abismo da dependência sem volta. Antecedidas, em regra, por um histórico de desprezo, maus-tratos, abandono, abuso sexual, comportamento omisso ou inadequado dos pais ou responsáveis, ou mesmo pela falta de perspectiva de projetos positivos, crianças e adolescentes perambulam pelas cracolândias da vida em busca de drogas baratas e mortais.

Há uma dupla vitimização: do viciado, impelido pelo incontrolável desejo de consumo, que acaba por se tornar um delinquente, e dos inocentes, que por uma infelicidade cruzam seu caminho durante a ação criminosa.

Nessa perspectiva, o uso indevido de drogas deve ser reconhecido como fator de interferência na qualidade de vida do indivíduo e na sua relação com a comunidade (lei nº 11.343/2006, art. 19, inciso I).

A internação involuntária do dependente que perdeu sua capacidade de autodeterminação está autorizada pelo art. 6º, inciso II, da lei nº 10.216/2001 como meio de afastá-lo do ambiente nocivo e deletério em que convive.Tal internação é importante instrumento para sua reabilitação. Na rua, jamais se libertará da escravidão do vício. As alterações nos elementos cognitivo e volitivo retiram o livre-arbítrio. O dependente necessita de socorro, não de uma consulta à sua opinião.

A internação compulsória por ordem judicial pressupõe uma ação efetiva e decidida do Estado no sentido de aumentar as vagas em clínicas públicas criadas para esse fim, sob pena de o comando legal inserto na lei nº 10.216/2001 tornar-se letra morta.

Espera-se que o poder público não se porte como um mero espectador, sob o cômodo argumento do respeito ao direito de ir e vir dos dependentes químicos, mas, antes, faça prevalecer seu direito à vida.

FERNANDO CAPEZ, mestre pela USP e doutor pela PUC-SP, procurador de Justiça licenciado, é deputado estadual de São Paulo pelo PSDB. Site: www.fernandocapez.com.br.

Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

Programas Ambulatoriais Personalizados

Anti-Tabagismo
Filhos de dependentes
Compradores Compulsivos (Oniomania)
Vício em Internet, Games e Outros
Jogadores Compulsivos
Tratamento para Pessoas com Depressão e Ansiedade

Quando consumir vira doença

Casos de pacientes compulsivos por compras preocupam especialistas e começam a ser desvendados pela medicina.

Ela entrou em uma perfumaria em busca de um batom e saiu com 18 deles. Gastou R$ 40 mil num mês com objetos de uso pessoal de que não precisava. E acabou num consultório médico, em busca de ajuda para entender, e tratar, sua fissura pelo ato de comprar. A fisioterapeuta paulista Tatiana Lopes, 28 anos, sofre de um mal chamado oneomania – ou, simplesmente, compulsão por compras. Instituições como o Hospital das Clínicas de São Paulo, da Universidade de São Paulo, e a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) oferecem tratamento especializado para essa doença que, muitas vezes, é confundida com fraqueza, ostentação ou impulso de “patricinhas” e “mauricinhos”. Agora, a Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro acaba de inaugurar um ambulatório para atender as vítimas da enfermidade.

A carioca Flávia Lima, 25 anos, está se esforçando para não se tornar compradora compulsiva. O sinal de alerta veio quando as dívidas cresceram assim que saiu da casa dos pais. “Agora, estou aprendendo a me controlar para fazer uma poupança”, conta. Mas ela ainda luta contra o impulso de comprar. “Entro no cheque especial e parcelo as contas no cartão de crédito por conta de gastos com futilidades”, reconhece.

SEM CHEQUES NA BOLSA
A comerciante Larissa Raposo, 26 anos, sentiu os primeiros sintomas da doença quando passava por uma depressão pós-parto, aos 19 anos. Ela já era casada e tinha dois filhos. “Não sentia mais prazer em nada, a não ser em comprar”, conta. Aos poucos, as dívidas se avolumaram e Larissa teve seu nome incluído nos cadastros de inadimplentes. Hoje, a compulsão está controlada. Mas ela não usa cheques nem cartão de crédito

É mais uma demonstração de que os especialistas estão preocupados com a evolução do problema. E, além da ampliação dos serviços especializados, a medicina também tem se dedicado a desvendar os aspectos da enfermidade. Até hoje, as causas do transtorno não são totalmente conhecidas, mas há alguns avanços neste sentido. “Sabemos que existe uma propensão genética e que pessoas impulsivas têm maior probabilidade de desenvolvê-lo. Mas o ambiente se encarrega do restante”, explica o psiquiatra Hermano Tavares, do Instituto de Psiquiatria da USP. De fato, estímulos para compras não faltam, com tantas ofertas de compras a crédito e o apelo publicitário. É por isso que este tipo de compulsão integra a lista das chamadas doenças da modernidade. “É um mal de uma era que insufla o prazer imediato em tudo”, afirma a psiquiatra Analice Gigliotti, presidente da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas (Abead) e chefe do setor de dependência química e outros transtornos do impulso, da Santa Casa, no Rio.

Outras informações também estão ajudando a conhecer melhor a enfermidade. Sabe-se,por exemplo, que ela é mais comum entre as mulheres, Uma das hipóteses que explicariam essa constatação é o fato de que, historicamente, o papel das compras sempre foi atribuído a elas. Portanto, as mulheres estariam mais “expostas” ao objeto da compulsão. “Também é reconhecido que a oneomania, em geral, aparece quando o indivíduo atinge certa independência financeira”, diz a psicóloga Ângela Duque, do Serviço de Psiquiatria da Santa Casa carioca.

Uma das grandes dificuldades no entendimento da patologia, porém, é reconhecer quando ela se torna uma doença. Hoje, a psiquiatria define alguns parâmetros que ajudam nesta tarefa. O primeiro é verificar se o hábito – no caso, comprar demais – está trazendo prejuízo à vida pessoal, profissional e social. Alguém que está devendo muito e mesmo assim não consegue parar de comprar já está doente. Outro indicativo é o próprio sentimento experimentado pelo indivíduo. “Se após as compras a euforia dá lugar à vergonha, à culpa ou ao arrependimento, pode ser um sinal da compulsão”, explica Analice.

Outro obstáculo já detectado pelos especialistas é a relutância dos portadores em procurar auxílio médico. Na opinião da psicóloga Juliana Bizeto, coordenadora do ambulatório de transtornos não-químicos da Unifesp, isso ocorre muito em razão de a compulsão por compras ser um transtorno mais aceito socialmente, diferentemente do alcoolismo ou da dependência de drogas. Ou seja, nem o doente nem sua família entendem que é uma enfermidade e que, como tal, deve ser tratada.

Esta falta de percepção é um equívoco lamentável. “As pessoas precisam saber que a doença existe para evitar o sofrimento desnecessário. Com o tratamento, alcançamos bons resultados”, garante o psiquiatra Hermano Tavares. Hoje, as opções de tratamentos baseiam-se em psicoterapia, medicação (antidepressivos e ansiolíticos) e no treinamento do paciente para que ele aprenda a usar melhor o dinheiro. “Ninguém pode passar o resto da vida sem comprar. Por isso, o aprendizado de como lidar com o problema é tão importante”, explica a psicóloga Ângela.

fonte: Istoé